terça-feira, 23 de junho de 2020

Serviço de Psicologia para acolhimento e sua importância em tempos de pandemia

Postado por: Lucas Matheus Bento Rocha

Medidas tomadas como prevenção ao risco de contágio com o novo coronavírus são o confinamento domiciliar e o distanciamento físico de indivíduos e grupos. Tal situação desencadeou quadros reativos ao estresse e agravou transtornos preexistentes. A situação da pandemia provocou nas pessoas estados de ansiedade, angústia e depressão diante da ameaça de contaminação e morte pelo COVID-19. Para amenizar esse sofrimento psíquico ocasionado, grupos de psicólogos de diferentes lugares do país estão realizando projetos de acolhimento psicológico.
No momento atual não é recomendada a presença física de um psicólogo nesse cenário de pandemia. Assim, têm sido sugeridos serviços psicológicos realizados por meio virtual, incluindo internet, telefone e outros meios de tecnologia de informação e da comunicação. Nesse contexto, o psicólogo poderá realizar psicoeducação e acolhimento sobre o contexto atual em que o indivíduo está inserido, oferecendo acolhimento, alívio da ansiedade com redução ou supressão dos sintomas e sinais, validando seus sentimentos e proporcionando sensação de bem-estar. O terapeuta deve focar no desenvolvimentos de estratégias de enfrentamento e resolução de problemas, estimulando “a percepção de suporte” ao indivíduo, para que assim esse ele se sinta acolhido e amparado.
Segundo Cordioli & Grevet (2018), psicoterapia busca ajudar um cliente ou paciente a modificar os problemas de natureza comportamental, emocional, cognitiva. Através do acolhimento e da escuta, o terapeuta poderá ajudar a (re)construir “os motivos que levaram seu adoecimento e as correlações que o usuário estabelece entre o que sente a vida” (BRASIL, 2007 p.16-17).
Diante disso, estaremos disponibilizando alguns contatos de algumas instituições ou grupos solidários que estão oferecendo serviços de atendimento online gratuito. 
A Instituição UFMS está realizando atendimentos psicológicos remotos destinados aos acadêmicos e servidores com o objetivo de contribuir para o bem-estar da comunidade acadêmica durante esse período de isolamento social. Para ter acesso aos atendimentos deverá ser solicitado um formulário online (link para formulário: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeUA4B5zkhJQLSvSkSU_5a4zVFvp42A21qza4VtDq4gSWG3Kw/viewform) As sessões serão feitas de forma on-line e terão duração de 45 minutos.
Instituições de Santa Catarina estão realizando projetos de acolhimentos psicológicos online, a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e a Faculdade Esucri. Os atendimentos são gratuitos e ocorrem por telefone celular via aplicativo WhatsApp. Os números de contatos para o acolhimentos psicológico de forma virtual são:
Projeto Acolher Unesc: (48) 99644-1887
Projeto Acolhe Esucri: (48) 98488-0391
Os atendimentos para ambos estão disponíveis de segunda a sexta feira, das 08 às 20 horas.
Outros serviços como o da empressa “Bem.care” que oferece diversas assistências de saúde, está disponibilizando atendimento psicológico gratuito a população brasileira até o dia 30/09/2020. Para fazer o agendamento de sua primeira sessão você deverá acessar o site (link para acesso ao site: https://bem.care/covidzero/), digitar o número do seu celular, aguardar um SMS confirmando que o Psicólogo Online foi ativado e um link para fazer download do aplicativo.
Em Pernambuco, a residência Multiprofissional em Saúde Mental da Universidade de Pernambuco (UPE), montou o projeto “Saúde Mental na Rede”, na qual a população interessada em receber acolhimento pode entrar em contato pelos telefones (87) 98120-5433, (87) 99646-9123 e (87) 98149-2652.
Um grupo de profissionais no Ceará que teve uma iniciativa voluntária e decidiu abrir uma seção no site do projeto para disponibilizar atendimentos gratuitos no WhatsApp para o Brasil todo. O Grupo de Estudos Pesquisas e Ações em Psicologia de Orientação Psicodramática (Grupo Creare) destinou esse serviço voluntário à população em geral e tem como objetivo acolher e oferecer suporte adequado, o atendimento não é voltado a uma psicoterapia mas tem caráter emergencial e psicoeducacional. Nesta página (link para acessar: https://sites.google.com/view/grupocreare/acolhimento-volunt%C3%A1rio/acolhido) você irá encontrar uma lista de profissionais de psicologia do país todo, observe o horário em que o psicólogo oferece seu serviço, entre em contato com ele e agende seu atendimento.
Aos moradores de Paranaíba-MS, os serviços do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) estão funcionando ambos de segunda a sexta, das 08h às 11h (MS). O CREAS em Paranaíba, Unidade I, está localizada na Rua Vigário Sales, 1439, Bairro Centro e o CRAS I “América” se encontra no Bairro Jardim América, Rua Quedu Leal, 1340.

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto Terapêutico Singular. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.
CORDIOLI, Aristides Volpato; GREVET, Eugenio Horacio. Psicoterapias-: Abordagens Atuais. Artmed Editora, 2018.

SÁ-SERAFIM, Roseane; DO BÚ, Emerson & LIMA-NUNES, Aline.  Manual de Diretrizes para Atenção Psicológica nos Hospitais em Tempos de Combate ao COVID-19. 2020. Disponível em:

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Frustração em pensar não estar aprendendo com ensino online

Postado por: Izabella de Araújo Menardi

O conceito de inteligência é visualizado em vários parâmetros dentro da psicologia. Antigamente, esse conceito tinha sentido hereditário, portanto, se seus pais fossem inteligentes, você também seria. Porém com estudos e avanços referentes a inteligência, sabe-se que não é uma questão genética. Por considerá-la além de genética e de conhecimentos acadêmicos limitados, a psicologia abandonou termos como “capacidade mental” ou “aptidão” para definir inteligência. Atualmente, termos utilizados para a definição de inteligência abrangem vocabulário, habilidades diferenciais e cognição.
      Em relação a aprendizado acadêmico, há grande dependência do método de ensino e didática. Por conta disso, muitas vezes alunos acabam tendo baixa adesão de conteúdo. É importante manter diálogo com os professores para que saibam das dificuldades enfrentadas dentro da disciplina. E manter socialização com seus colegas de turma para ter apoio, tanto emocional, quanto acadêmico.
Em vista do que foi descrito, o método de ensino online agrava no principal meio interferente de aprendizado, o método de ensino e a didática. Para que o ensino não seja completamente defasado, é crucial o diálogo com os professores, para pontuar críticas negativas e positivas quanto ao aprendizado durante o sistema remoto. Manter contato com seus colegas de classe, também pode auxiliar a realização das atividades com menor dificuldade, ao tirarem dúvidas um do outro. Por fim, deve-se lembrar que a inteligência do indivíduo não é dependente apenas de conhecimentos acadêmicos, portanto, a dificuldade de aprendizado em determinada disciplina não define parâmetros de inteligência. Outro ponto a ser destacado é a aprendizagem de diferentes habilidades que não estão relacionadas estritamente com as habilidades acadêmicas. Durante esses tempos, a habilidades de comunicação social por meio de mídias e contato online foram desenvolvidas, além de por vezes, aprendermos e tentarmos realizar outras atividades que não fazíamos antes (como testar novas receitas, novos jogos, seguir exercícios em vídeos, descobrir novos hobbies e outros). Assim, o desenvolvimento da inteligência e percepção desta está para além de notas e conhecimento acadêmico, se fazendo pertinente o autoconhecimento “eu realmente não realizei nada novo ou diferente do habitual nesse tempo de pandemia?”.

Referências 
OLIVEIRA, Dayane Mayara Souza et al. Fracasso escolar: visão de acadêmicos de licenciatura de uma universidade pública do município de Cuité-PB. 2014.

HOGAN, Thomas P. Introdução à prática de testes psicológicos. Rio de Janeiro LTC 2006

Lidando com trabalho e estudo


Postado por: Anne Caroline de Almeida Silva

     O ensino remoto tornou-se realidade na vida de muitos estudantes diante do enfrentamento a pandemia do COVID-19, dessa forma, estudos que abrangem o “home office” revelam que tal metodologia requer dos usuários muita disciplina para que as tarefas sejam cumpridas nos prazos e com qualidade.
Para além das dificuldades de rendimento no ensino remoto, grande parte dos estudantes ainda estão submetidos a dupla jornada e as responsabilidades domésticas, porventura, aqueles que retornaram a casa dos pais tal obrigação se estende a um número maior de tarefas e pessoas envolvidas. A grande questão se firma ao fato da quantidade exaustiva de conteúdos sendo ministradas à distância, juntamente com outras atividades que se somam neste momento seja pelo fato de permanência contínua em casa agravando as funções, seja a necessidade de desenvolver novas maneiras para uma renda extra no momento de crise.
Diante disso, nota-se a exaustão ocasionada pela somatória de funções juntamente com a ansiedade provada do isolamento social, nesse caso, causando um sofrimento ainda maior em cada estudante e a partir dessa realidade compreende-se a importância do planejamento de tarefas para otimizar o tempo em cada atividade obtendo maior desempenho. 
Para além do planejamento diário de tarefas, vale ressaltar que utilização de pequenas metas reais auxiliam de forma direta na motivação para cumprir as tarefas necessárias e, dessa forma, possibilitar um rendimento melhor tanto nas atividades acadêmicas quanto no home office.  


Referência 

OLIVEIRA, Maria Cleidia Klein; SILVA, Paula Maines da; ECHEVESTE, Simone Soares. Gestão de equipes que atuam em home office: desafios reais em ambientes de trabalho virtuais. Canoas-RS, maio 2019.

SOUZA, Liliane Ferreira Neves Inglez de. Estratégias de aprendizagem e fatores motivacionais relacionados. Educar, Curitiba,  n. 26, p. 95-107,  2010.

Lidando com a família e estudos

Postado por: Maria Amanda Porto Hipolito 
         
Estamos passando por um período bastante desafiador, principalmente quando o assunto são os estudos, muitos jovens universitários e até mesmo crianças de escolas, encontram-se em um período de dificuldade estudantil. Neste momento em que estamos passando por uma pandemia, as aulas online, tornou-se, uma grande aliada da educação. O ensino a distância tem sido muito falado nos últimos dias, esta modalidade permite aos estudantes uma flexibilidade e conforto, porém envolve um esquema um tanto diferente das modalidades presenciais.
   Estar em casa, em especial neste momento pandêmico implica muita coisa para o estudante, principalmente em relação a família. Muitas vezes este fato de estar em casa com a família pode não ser benéfico ao estudante podendo até mesmo atrapalhar os estudos e o desempenho estudantil, por isso é importante garantir o apoio do ensino a distância:

     Conscientização da família: o primeiro passo para a conscientização de nossos familiares é a partir da conversa, é importante conscientizarmos as pessoas que moram conosco da importância do apoio em relação aos ensinos remotos.

Criar novos hábitos: Quando estamos em casa de alguma forma entendemos conforto e descanso, por isso a importância da criação de novos hábitos e rotinas de estudos, para que não saiamos do nosso habitual e consigamos realizar nossas atividades.

  Trabalhando com familiaridade: Procure manter os horários habituais das disciplinas que faziam em sala de aula para manter o máximo de semelhanças possíveis as aulas presenciais.
Referência

 6 MANEIRAS DE GARANTIR O APOIO DA FAMÍLIA NO ENSINO À DISTÂNCIA. In: 6 MANEIRAS DE GARANTIR O APOIO DA FAMÍLIA NO ENSINO À DISTÂNCIA: [S. l.]: Sebrae, 2020. Disponível em: https://cer.sebrae.com.br/6-maneiras-de-garantir-o-apoio-da-familia-no-ensino-a-distancia/. Acesso em: 13 jun. 2020.

O sentimento de solidão como consequência do isolamento social

Postado por: Natália Maschio Catarucci

     O indivíduo é um ser social e necessita interagir com os demais pois somos incapazes de viver só, precisando comunicarmos. Nesta via de pensamento, sabe-se então que é por meio dessa interação que o sujeito é capaz de desenvolver-se, sendo as redes sociais mediadora importantíssima nesse período de pandemia, estimulando o ensino-aprendizagem e o conhecer ao outro. Vale apontar que, o ser humano é fruto do meio cultural, social e resultante de um processo histórico em que pode adquirir repertórios e, é por meio do mantimento ou conquista de uma rede de apoio, do compartilhamento que podemos realizar trocas de informações, reconhecer dúvidas, anseios, angústias, compartilhar desejos por meio de identificações, visto que as ferramentas oferecidas no ensino a distância não abrangem as particularidades dos sujeitos, sendo estas fundamentais para um bom desenvolvimento e diminuir o sentimento de sentir-se só. Com o intuito de ser breve, não será oferecida uma discussão sobre os indivíduos que não possuem ferramentas para o acesso à internet, deixando o ensino remoto e as interações mais inviabilizadas já que o acesso e a qualidade são fatores que impactam diretamente na aprendizagem, tornando-se um obstáculo e não um facilitador e fazendo com que o sujeito sinta-se excluído, ocasionando no sentimento de estar só, não podendo deixar de apontar essa questão.
         Sentir-se isolado difere da compreensão de isolamento social. Entretanto, esses dois conceitos podem se relacionar já que estamos vivenciando um momento histórico de pandemia mundial em que é preciso que as pessoas se isolem e só saiam de suas casas em casos necessários para impedir que o vírus se propague, diminuindo assim, as possíveis interações. Em relação ao sentir-se só, ao sentimento de solidão, está diretamente ligado com não ter um suporte para compartilhar a vida e possui uma ligação com as particularidades do sujeito, a qualidade das relações. Esse sentimento hostil pode ser direcionado para que o sujeito refaça ou busca estabelecer vínculos para manter seu bem estar físico e mental pois pode ocasionar no adoecimento desse indivíduo como a depressão, a ansiedade, proporcionar ideações suicidas e, em futuro distante, pode ocasionar no aumento da morbimortalidade. Para além das possíveis consequências apontadas anteriormente, a solidão pode afetar no desempenho de atividades, trazendo a este ainda mais sofrimento, podendo abranger os efeitos em vários aspectos de sua vida, como por exemplo, no sono. Por consequência, esse comprometimento vai resultar na qualidade de execução das atividades de ensino remoto, sendo crucial que o sujeito busque por um suporte para apoiar-se, compartilhar e facilitar seu percurso no enfrentamento desse momento atual. É como Renato Russo pontua em uma de suas entrevistas em 1995:
 “Amizade é quando você encontra uma pessoa que olha na mesma direção que você, compartilha a vida contigo e te respeita como você é. Uma pessoa com a qual você não precisa ter segredos e que goste até dos seus defeitos. Basicamente, é aquela pessoa com quem você quer compartilhar os bons momentos e os maus, também”(RUSSO, 1995). 
         Diante dos expostos, é recomendável para ajudar na solidão e consequentemente ter um melhor desenvolvimento nas atividades online, que o sujeito faça chamada de vídeos com os amigos; tente manter um cronograma de atividades semelhante às suas vivências antes da quarentena com horários a seguir; se apegue a alguma possível crença se o indivíduo possuir, como meio de conforto e apoio; firmar laços familiares; manter uma organização e um ambiente de boa higienização; filtrar a quantidade excessiva de notícias prejudiciais à saúde mental; realizar atividades físicas; interagir com bichos de estimação caso possua e ficar atento a alimentação. Por fim, a aceitação é um modo de poder reexperimentar a realidade e em casos de não conseguir realizar essas medidas e se deparar com o sofrimento intenso, busque um profissional especializado que irá oferecer suporte. Lembre-se de que você não está sozinho e juntos somos mais fortes. 

Referências
PORTALR7. Terapeutas dão dicas para lidar com a solidão, em tempos de coronavírus. Isolamento social, quebra da rotina e medo de pegar a doença têm impacto sobre as emoções, veja como lidar melhor com esse momento.  Noticias R7, p. 1, 2 abr. 2020. Disponível em: https://noticias.r7.com/saude/terapeutas-dao-dicas-para-lidar-com-a-solidao-em-tempos-de-coronavirus-02042020. Acesso em: 13 jun. 2020.
RIZZO, Angela. A importância das redes sociais no relacionamento interpessoal de alunos do ensino a distância. Augusto Guzzo Revista Acadêmica, n. 10, p. 51-60, 2013.
RODRIGUES, Ricardo Moreira. Solidão, um fator de risco. Rev Port Med Geral Fam,  Lisboa ,  v. 34, n. 5, p. 334-338,  out.  2018 .   Disponível em acessos em  11  jun.  2020.  http://dx.doi.org/10.32385/rpmgf.v34i5.12073. 

Lidando com a quantidade de atividades no ensino online

Postado por: Aline Assis Andreta

A partir do esclarecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que estamos vivendo uma pandemia do novo coronavírus e com o aumento dos casos de Covid-19 no Brasil, foi determinado como medida preventiva o isolamento social. Em decorrência disso, o Ministério da Educação (MEC) decretou que as aulas presenciais passariam a ser substituídas por aulas on-line, através de aprendizagem remota.
No entanto, os estudantes universitários estão tendo que lidar com uma série de demandas características desse atual contexto. Tais demandas envolvem a necessidade de adaptação às atividades a distância, planejamentos de horários, exigências relacionadas aos conteúdos abordados nas disciplinas, entre outras. No início da adaptação e até mesmo durante, pode ocorrer a procrastinação, que segundo o estudo de Kerbauy e Enumo (1999), afirma que grande parte dos estudantes adia o início das atividades sem interrompê-la posteriormente. Esse comportamento indica que o aluno esteja com falta de motivação, disposição. Ainda, baixa percepção de autoeficiência e falhas no processo de autorregulação da aprendizagem.
Diante do exposto acima, faz se pertinente a necessidade constante de o aluno se organizar para lidar com as tarefas, com os prazos que lhes são exigidos. E ainda que o mesmo seja capaz de estabelecer, administrar e realizar as atividades acadêmicas com propriedade e no tempo determinado, quando possível. Para que isso ocorra, é importante que o aluno crie uma rotina para facilitar nesse novo processo de ensino a distância pois estabelecer um momento de trabalho pode ser cansativo, mas é muito importante e benéfico a saúde física e mental.
É importante manter uma rotina de estudos em casa como substituição a ida na universidade nos dias de aula. Uma das orientações para facilitar no cumprimento das atividades acadêmicas é o arranjo de um local, um ambiente onde se possa estudar. Se possível, um lugar onde não se tenha muito barulho. Outro fator a ser considerado é a organização do tempo. Para isso, desenvolva um cronograma das atividades semanais de cada disciplina com horários estipulados para a realização delas e defina prioridades como cada dia se dedicar a uma das disciplinas. Se atentar as informações como as orientações e as mensagens dos professores também são importantes. Ainda, quando for para seu ambiente de estudo, evite acessar as redes sociais pois isso pode lhe trazer distrações. E ao usar o notebook ou celular para estudar, informe as pessoas do seu cotidiano que o aparelho está sendo utilizando como ferramenta de trabalho e não na forma de lazer. Por fim, informe aos seus familiares e amigos seus horários de estudo ou se der, faça uma plaquinha, escreva em um papel como forma de sinalização “estou estudando” para que ambos respeitem e te interrompa somente em casos de urgências.


Referências
ENUMO, Sônia Regina Fiorim; KERBAUY, Rachel Rodrigues. Procrastinação: descrição de comportamentos de estudantes e transeuntes de uma capital brasileira. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo, v. 1, n. 2, p. 125-133, dez.  1999. Disponível em
CARELLI, Maria José Guimarães; SANTOS, Acácia Aparecida Angeli dos. Condições temporais e pessoais de estudo em universitários. Psicol. Esc. Educ. (Impr.), Campinas. v. 2, n. 3, p. 265-278, 1998. Available from. Disponivél em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85571998000300006&lng=en&nrm=iso. Doi:  http://dx.doi.org/10.1590/S141385571998000300006. Acessado em 11 de Junho de 2020


MENDONÇA, Déborah Christina.Como se organizar para os estudos em tempos de pandemia?. Universidade Católica de Brasília, cidade de publicação, 03, abril, 2020. Disponível em <https://ucb.catolica.edu.br/portal/noticias/como-se-organizar-para-os-estudos-em-tempos-de-pandemia/. Acessado em: 11 de junho de 2020.

Dificuldade de dormir na pandemia


Postado por: Cristian Júnior Donat

     Neste momento conturbado que estamos passando é comum que aquilo ao nosso redor nos afete mais, de todas as formas. Fazemos atividades diferentes, nos preocupamos com questões diferentes das anteriores, pensamos sobre tudo que está acontecendo e ficamos apreensivos com o tamanho da pandemia e o impacto que causa em nossas vidas. É comum neste momento, com tamanha tensão em todos os ambientes de nossas vidas, que sintamo-nos mais vulneráveis, mais estressados, mais incomodados, mais sobrecarregados (porque de fato estamos), mais irritados, etc. São "sintomas" que aparecem devido às diversas mudanças repentinas ocorridas em nosso contexto social. Principalmente a nós estudantes que tivemos que mudar completamente a nossa forma de estudar, e nos adaptar ao ensino remoto, por vezes, bastante precário, o que nos tem causado diversos sofrimentos.
            Uma das questões que estamos tendo que enfrentar é a mudança com a rotina de sono. Muitos estudantes, por diversos motivos, estão tendo problemas de sono agravados ou gerados por essas mudanças que estamos enfrentando. Um desses problemas, que é comum - mas não deveria - é a insônia.
            A insônia é um dos vários distúrbios do sono. Ela é caracterizada pela dificuldade de adormecer e de se manter no sono. Existem diversos fatores relacionados com a dificuldade de dormir e ter uma boa noite de sono. Alguns fatores que estão se acentuando neste momento, principalmente para estudantes que precisam manter os estudos de forma remota, são a ansiedade do risco de ficar doente, o excesso de atividades escolares, que extrapolam a carga horária normal, a ansiedade com o futuro no curso, a preocupação com as provas universitárias e também a preocupação com os meios de comunicação para a realização das atividades acadêmicas necessárias (muitas vezes em falta e/ou precários, sem auxílio das universidades).
            A insônia pode gerar algumas consequências à nossa saúde. Uma boa rotina de sono restaurador ajuda nos estudos como também na própria saúde melhorando a imunidade e a restauração dos tecidos do corpo. Devido a esse momento conturbado de nossas vidas, é possível que a rotina de sono tenha mudado, alguns não usam os horários noturnos para dormir, mesmo que o horário noturno seja o ideal, o mais importante é que tenhamos um tempo de 7 a 8 horas durante o dia para dormir e descansar. Portanto, é fundamental que o sono esteja regulado (na medida do possível) para que estejamos não só despertos, mas também saudáveis.
            Vamos tentar traçar algumas sugestões para que possamos lidar com a insônia. Sabemos que a maioria dos fatores não podem ser modificados individualmente pela nossa vontade, mas algumas atitudes podem favorecer o sono e o descanso.
           
1. Estabeleça uma rotina: é importante para que consigamos dormir tranquilos, que tenhamos uma rotina estável durante o dia, com determinados horários para fazer as refeições, para os estudos e para os exercícios, além dos horários destinados a atividades mais aleatórias de divertimento, que são muito importantes e também horários mais ou menos fixos para acordar e dormir, até mesmo nos finais de semana.

2. Crie uma agenda: é muito comum que as pessoas com dificuldades de dormir, não consiga dormir por causa de preocupações, ligadas ao trabalho e aos estudos. Para que você consiga relaxar na hora de dormir, tenha os seus compromissos todos em uma agenda distribuídos durante a semana e o mês, sem sobrecarregar os dias (alguns talvez sejam inevitáveis), para não precisar se preocupar com todas as atividades que precisa fazer, e ter mais ansiedade em não saber por onde começar as suas tarefas. Definá-as e realize-as no horário que definiu. No início pode ser um pouco complicado, entretanto, conforme for estabelecendo uma agenda de atividades vai aprender a definir melhor as atividades e os horários. É importante que tenha momentos de descanso entre as tarefas que auxilie no andamento, para que a procrastinação não chegue antes de terminar a atividade.

3. Faça exercícios: Para liberar um pouco de energia, além de manter a saúde, tenha uma rotina de exercícios durante o dia. Não é necessário horas e horas de exercício, tirando 15 minutos para se mexer e realizar alguns exercícios mais intensos, já são suficientes, principalmente durante o isolamento social, que estamos em casa, comendo e dormindo (ou tentando). É importante que se estabeleça uma rotina de exercícios, para nós estudantes, porque normalmente ficamos sentados muitas horas realizando as atividades, além de problemas de visão e nas costas, o sedentarismo é péssimo para a saúde em geral e também para o sono. Faça alguns exercícios, pode ser polichinelos, agachamentos, corrida, caminhada, tanto faz, o importante é se mexer intensamente. Evite realizar os exercícios perto do horário que irá dormir, procure.

4. Faça algo que você goste: Sabemos que não é fácil arrumar tempo para fazermos tudo que gostamos juntamente com as atividades do ensino remoto, entretanto, se você organizar uma agenda, procure incluir momento que você se distraia das atividades acadêmicas e passe a fazer o que você gosta, além de estudar (né?!). Não tire somente um tempo entre as atividades, como um tempo de descanso, mas sim, um momento só para seu lazer, seja para assistir um filme, ler algum livro interessante, escutar e tocar música, ou até mesmo ficar sem fazer nada, meditando, desde que seja diferente das atividades acadêmicas que você está realizando. Se este tempo tirado para o lazer estiver em uma agenda, você se preocupará menos com as atividades que "deveria estar fazendo", porque todas elas estarão organizadas e você pode relaxar tranquilo. Portanto, não deixe de fazer o que você gosta.

5. Não lute com a falta de sono: Muitas vezes precisamos dormir, entretanto o sono não chega. Evite ficar brigando com o sono e com a cama nestes momentos, caso não tenha sono não force, levante e faça alguma coisa, procure fazer algo que te dê sono. Quando estiver com sono, aí volte e tente dormir novamente. Caso tentar lutar contra o sono, você ficará irritado, rolando na cama, desesperado que não consegue dormir, assim seu corpo e mente não descansarão, ao contrário, eles ficarão mais alertas e mais excitados, e aí você não conseguirá dormir de jeito nenhum. Entretanto, procure não fazer exercícios neste momento com a finalidade de deixar o corpo cansado, porque assim você demorará mais ainda a pegar no sono.

Referências:

ANDROTI, M. Isolamento social durante a pandemia aumenta número de casos de insônia. Universidade Católica de Campinas (PUC), 05 de maio d 2020. Disponível em: . Acesso em: 11 de junho de 2020.

American Psychological Association. Pandemics. Washington, EU. Recuperado: . World, 2020.

Health Organization. Mental Health and Psychosocial Considerations During COVID-19 Outbreak Recuperado: . 2020.

LOURENÇO, B. Insônia: como dormir bem em tempos de quarentena e pandemia. Revista Galileu, 04 de maio de 2020. Disponível em Acesso em: 11 de junho de 2020.